A cadência da palavra
Em dias claros, ela fala com as mãos.
Borda gestos, tateia silêncios,
alinha afetos. Arte manual.
Da janela, acena ao mundo.
Seu coração é casa aberta,
morada sem porta. Toque sem retoque.
Veio ao mundo para tecer laços.
É múltipla, é cada um de nós. Mãos dadas.
Ao cair da noite, suas mãos se elevam.
No silêncio, uma prece.
Ela atende por Maria.